Ah, meus
vinte anos! (Quando ainda não tivera depressão)
Com o passar
do tempo acabamos aprendemos (moldando-nos), às vezes forçados, às vezes sem nós
darmos conta e às vezes por vontade própria, abdicamos de muitos comportamentos, adaptamos
alguns e aprendemos novos comportamentos, e o ciclo natural da nossa evolução,
isso em alguém são. Mas, quando entra a depressão, a vontade própria é anulada
e você começa a ver o mundo através de uma lente, talvez não de uma lente que
torne o mundo acinzentado, mas, como se tirassem os óculos de um míope ou os pusesse
em alguém que não os precisasse usar, você acaba não vendo o mundo a sua volta,
toma decisões encima de algo que não enxerga na totalidade; e com o passar do
tempo, vocês esquece como era o mundo e passa a achar normal o mundo disforme e
desfocado atual.
Ahhh! Como
eu queria ter ¼ da impulsividade e da autoestima que tinha aos vinte anos!
Certa noite,
eu e um amigo (dos dois que tenho), fomos a uma casa alternativa em SP, no
Matrix, olhei agora na net e vi que ainda funciona, na época era bem o começo
do bar. Sempre gostei de gurias diferentes, nunca me senti atraído pelas que
tem o padrão "Barbie" de beleza, mas as com piercing, tatuagem,
cabelos coloridos, que tomassem todo tipo de droga essas me atraiam, e lá era
um bom lugar para encontra-las.
Quando álcool,
hipomania e som alto se juntam, chego bem perto do limite; passamos a noite
bebendo e conversando ora com uma ora já com outra, meio agitado, um tanto
desinibido, nada que chamasse a atenção no lugar, afinal, eu era um dos mais
certinhos...
Já tarde da
noite, a casa havia esvaziado e nós continuávamos bebendo no balcão, daí espiei
a pista e vi uma guria dançando e uns seis caras dançando em volta dela e a
guria nem ai pra eles, achei a cena engraçada, em seguida, virei o pouco que
restava da cerveja e disse ao meu amigo que iria lá; desci da banqueta alta e
caminhei tranquilamente até o centro da pista, chegando lá, pedi licença para
um dos estavam em volta da guria, que de pronto perguntou-me o que eu queria,
não lhe dei atenção, só lhe disse que eu estava com ela, nesse momento ela me
olhou e eu lhe grudei um beijo, pronto, a pista esvaziou-se, ficamos um tempo
mais ali e fomos para o bar.
No outro dia,
meu amigo me contando que ele e o barman assistiram a cena toda, fazendo
apostas, no principio pensaram que ia dar confusão, depois que eu não
conseguiria, por fim meu amigo disse ganho uma cerveja do barman.
PS. Poderia
ter dado muita merda, por isso que hoje me contentaria apenas com ¼ .
Vim para agradecer a visita e o seu comentário. Já estou seguindo seu blog e em breve virei ler os outros posts com mais calma.
ResponderExcluirInteressante a sua história. Essa é uma coisa que eu nunca fiz. Na verdade nunca cheguei nem no OI com uma estranha.
Mas voltando a você, se um dia já foi assim pode ser que esse seu lado não tenha se perdido. Talvez esteja adormecido pelo o que te acontece hoje mas será que tentar despertar a parte boa da impulsividade e autoestima não te ajude a enfrentar os seus problemas? Tenho certeza que não é fácil e nem um botão on/off mas às vezes precisamos tentar né?
Volto em breve!
abs
E ai, Desabafo!
ResponderExcluirEstou me esforçando para melhorar minha autoestima, mas foram anos em depressão, ai cria-se hábitos, você se acha menos que todos... Agora leva um tempo para reverter, consegui sair da depressão, isso é o primeiro passo, agora é batalhar para se sentir "normal"...
Abração