Carnaval,
nunca entendi a alegria dessas pessoas que aparecem na televisão, mas me alegra
o feriado, o não fazer nada; assim vou, sem nenhum sinal de mania, longe da
hipomania, tampouco depressivo, ansiedade zero e para completar, também parei
de beber. Ah, também não estou dopado, tomo 300mg Wellbutrin e 1200mg
Carbolitium para 0,6 mEq/L. Muito "louco" me sentir assim, será que é a essa
sensação, que muitos se referem, dizendo
que os remédios os deixam "robotizados", "sem vida"? – Me sinto bem. Sempre busquei novidades e
isso é uma grande novidade.
Lá estou, esperando o tempo passar na livraria
do aeroporto e por acaso acho o livro "Insana, meu mês de loucura da
Susannah Cahalan" que me chamou a
atenção primeiramente pela similaridade da capa com a do livro "Uma mente
inquieta da Kay Redfield Jamison" e depois de ler a contracapa me decidi a
compra-lo; gosto de narrativas sobre a própria pessoa e o tema superação de doenças
mentais tem me atraído.
O livro Uma
mente inquieta, fala como a autora, que tornou-se uma autoridade sobre a
doença, lutou durante a vida, contra a psicose
maníaco-depressiva, termo que ela prefere por não suavizar a real realidade da
doença. Excelente livro.
Já o livro
Insana, conta a historia de uma jornalista que subitamente começa a apresentar
diversos sintomas como psicoses, mudanças bruscas de humor, mania perseguição, tiques,
problemas na fala, convulsões... O ponto central do livro é: - A doença que
sofre a autora deve ser tratada pela psiquiatria ou deve-se buscar a resposta
em outras áreas? Muito bom este livro.
Esse é o
ponto onde queria chegar, sendo a bipolaridade uma doença inflamatória, estamos
longe da cura tratando-a como doença psiquiátrica ao invés de tratar a
inflamação?
Para ter uma
ideia da sutileza entre um tipo de tratamento e outro, o livro Insana é bem
interessante. Como já terminei o livro, vou curtir o finzinho do carnaval,
uhu... :)
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