"Um incerto e tênue raio de sol filtrava-se, pelas pequenas vidraças, sobre a mesa e as cartas; caprichoso e sem forças, brincava no soalho com as pálidas sombras e turbilhonava contra o teto da sala, rebocado de azul. Knulp, na verdade, apreendeu tudo isso com os olhos luzentes: a dança do sol de fevereiro, a silenciosa paz da casa, o sério e laborioso semblante de operário de seu amigo e os olhares disfarçados da bonita mulher. Não lhe agradou, não constituía para ele um alvo de vida, nem representava felicidade. Estivesse com saúde, pensou ele, e fosse verão, não ficaria ali nem mais uma hora."
Knulp – Hermann Hesse
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