Pensando
sobre uma injustiça que sofri no passado (processo civil), uma serie de
mentiras que causaram certo dano, percebi que imediatamente fui tomado por um
sentimento de vingança. Para as mentiras, haviam provas físicas que as
desmascarariam facilmente mas eu queria mais, queria atacar o
"oponente", lhe causar mais dano do que ele foi capaz de me causar
com suas mentiras. Não bastava expô-lo como mentiroso, era necessário deixar
evidentes suas fraquezas e trazer a luz seus comportamentos obscuros.
Imediatamente
após ter ciência das falsas acusações comecei a reunir provas físicas,
vasculhando arquivos de anos passados num frenesi onde não sentia fome nem
sono. Junto à coleta de provas que desmascarassem as mentiras colhia
informações com o intuito de expor as fraquezas do "adversário" e
criava diálogos imaginários de como seriam as situações na hora em que
estivéssemos frente a frente.
O tempo
entre o conhecimento do processo, a defesa e o julgamento foi de
aproximadamente seis meses. Durante esse tempo, essas atitudes de ficar
imaginado situações futuras e sentindo-se impotente perante as falsas acusações
foram aumentando, ocupando a totalidade dos dias e consequentemente
desencadearam sintomas depressivos e ansiosos que me dá calafrios, agora enquanto
escrevo.
Durante esse
tempo, não consegui trabalhar direito, saia de casa pensando em fazer somente o
necessário, o mais rápido possível e voltar pra casa. Em casa era consumido
pela ansiedade e pela depressão; TOC, ansiedade generalizada, alguns apertos no
peito e coração acelerado que lembrava a síndrome do pânico, ataques de choro,
irritabilidade ao extremo, leves sintomas psicóticos, sentimento de
inferioridade, falta de apetite, dormia no máximo 4 horas por noite e já
acordava acelerado pensando em situações futuras... Isso foi o Inferno na
Terra!
Hoje, me
encontro em similar situação (processo civil), processo esse baseado em
inverdades, como o anterior. A vontade de contra-atacar e tomar as mesmas
atitudes da situação anterior é automática, mas lembro-me também do sofrimento
que passei. Quero quebrar esse ciclo!
Decidi que
só me defenderei no ponto principal do processo e ignorarei as partes onde sou
acusado de atitudes que seriam facilmente atribuídas ao acusador. Posso
aguentar quieto certas injurias que ficarão só ali, não interferirão no
resultado final e foram postas com o intuito único de machucar. Não levo mais a
sério quando me chamam de bobo e feio :) Mas os pensamentos automático de
revide estão sempre a espreita, tenho que tomar muito cuidado para não ceder.
De um tempo
para cá, sempre tenho em mente: Em que isso interferirá na minha vida? Isso
depende só de mim ou de mais alguém? Cortar o ciclo de pensamentos no futuro,
quando chegar a hora, resolvo. Encarar a vergonha, afinal todos cometemos
deslizes.
Tenho passado por algo parecido, embora não seja um processo civil.
ResponderExcluirUltimamente, estou tentando me defender de injustiças que me prejudicam já elaborando o ataque para prejudicar quem me prejudicou. Eu penso na minha defesa, mas não vou deixar barato, também penso no ataque. Faço isto antecipadamente, como todos os ansiosos. É a sede de vingança. Não acho uma péssima ideia prejudicar quem tentou me prejudicar quando eu estava quieto. "Bateu, levou".
Mas esta coisa de ficar remoendo a injustiça e elaborar ataques, começou a me fazer mal. Então, agora eu vou só tentar não ligar muito para isto. Talvez, a vida dê uma lição nos injustos.
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Eu tinha escrito um comentário bem melhor que este pelo celular, mas apertei um botão errado e perdi tudo que tinha escrito. Então, vim pro computador e escrevi este lixo aí de cima.